A inflação em São Paulo caiu em novembro em relação a outubro, atingindo o menor patamar desde julho e mostrando que passados os efeitos pontuais que pressionaram a taxa em setembro e outubro, os preços estão sob controle. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou ontem que a inflação ao consumidor declinou para 0,27% no mês passado, seguindo o dado de 0,63% em outubro. Foi a menor taxa para o mês fechado desde julho, quando houve deflação de 0,08%. A taxa anualizada deve voltar a ficar em um dígito, próximo de 8%.
O número ficou dentro do previsto pelos economistas. Um grande número deles apontou que a taxa do mês ficaria em torno de 0,26%. A Fipe era mais otimista e estimava 0,20%.
Os preços do setor de habitação – que inclui as tarifas de serviços públicos – subiram 0,25% em novembro, abaixo da elevação de 1,16% em outubro. Os custos de alimentos declinaram 0,21%, após uma alta de 0,82% no mês anterior.
Por outro lado, os preços de despesas pessoais passaram de queda de 0,07% em novembro para alta de 1% no mês passado.
O Banco Central elevou fortemente os juros do final do ano passado, em uma tentativa de conter a aceleração inflacionária. Refletindo o aperto monetário, a inflação em São Paulo este ano deve ficar abaixo da taxa registrada em 2002, de 9,9%. A Fipe estima uma taxa próxima de 8% em 2003.
O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos. A Fipe, da Universidade de São Paulo, divulga os dados do IPC a cada semana.
