A inflação de serviços desacelerou consideravelmente na capital paulista em 2016, ao atingir 6,19%, depois de registrar 12,99% em 2015, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O movimento também foi observado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que fechou o ano passado em 6,54%, ante 11,07% em 2015.

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Com exceção dos grupos Saúde (de 11,25% para 12,55%) e Educação (de 8,19% para 10,22%) que aceleraram de um ano para o outro, os demais perderam força de alta no período no âmbito do Índice Geral de Serviços (IGS) da Fipe. “O problema é a indexação”, resumiu o gerente técnico de pesquisa da Fipe, Moacir Mokem Yabiku, ao referir-se aos grupos Saúde e Educação.

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Além dos efeitos da recessão, que vem inibindo a demanda, o ano de 2016 foi beneficiado pela ausência de reajustes em alguns preços administrados. O alívio na conta de luz, por exemplo, foi um dos destaques do IGS do ano passado, contou Yabiku. Em 2016, a energia elétrica ficou 10,46% mais barata na capital paulista, após aumento médio de 71,10% em 2015. “Houve mudança de bandeira (de amarela para verde) e redução de PIS/Cofins”, citou. A queda apurada em eletricidade permitiu ao grupo Habitação terminar 2016 em 4,69%, na comparação com taxa expressiva de 15,75% em 2015.

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Os gastos com alimentação fora do domicílio também desaceleraram entre 2015 (11,38%) e 2016 (7,85%). A alta média no preço da refeição foi de 7,27%, bem aquém da marca de 10,08% apurada em 2015. Para saborear um salgado fora de casa o consumidor pagou em média 18,63% a mais que em 2016 (8,94%). Já a sobremesa sofreu pouca alteração de um ano para outro: de 9,84% para 9,68% em 2016.

O grupo Transportes no âmbito do IGS da Fipe também registrou uma alta mais intensa no ano passado, de 7,54%, ante 11,91% no anterior, com destaque para transporte coletivo (de 16,41% para 8,22%).

Um exemplo notório da crise, diante do aumento do desemprego e da queda na renda, o conjunto de preços de Despesas Pessoais passou de 5,65% em 2015 para 3,17% no ano passado, influenciado principalmente pela deflação de 3,32% no item recreação (ante alta de 3,22% em 2015).