A inflação de serviços deu um salto na capital paulista entre setembro e outubro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice geral de serviços (IGS) acelerou de 0,15% para 0,38% de um mês para outro. O resultado superou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do décimo mês deste ano, que teve alta de 0,27%, depois de deflação de 0,14% em setembro.
Já em relação ao acumulado de 12 meses até outubro, a variação do grupo serviços ficou em 5,76%, e no ano, em 4,91% – aquém das taxas do IPC desses períodos, de 7,61% e 5,62%, respectivamente.
Os principais responsáveis pela aceleração da inflação de serviços foi o encarecimento de telefonia fixa; aumento nos gastos com alimentação fora de casa e com recreação e cultura, disse o coordenador do IGS e do IPC-Fipe, André Chagas.
O item telefone fixo (conta) teve uma variação positiva de 2,44% em outubro, depois de taxa zero em setembro, em razão de reajuste recente, contou. Apesar do avanço, o grupo Habitação, do qual o item faz parte, desacelerou para 0,19%, depois de 0,22% em setembro. Conforme Chagas, um dos motivos foi o enfraquecimento de gastos no domicilio, em reflexo da recessão econômica. O item manutenção no domicilio registrou queda de 0,15% no IGS de outubro em relação à variação positiva de 0,30% no nono mês do ano.
Já a taxa de alimentação fora do domicílio ficou em 0,89%, na comparação com 0,22%, enquanto o segmento de recreação e cultura ficou em 1,78%, ante queda de 0,78%. Neste caso, as principais influências, disse Chagas, foram as pressões para cima de viagem e excursão (alta de 2,79% ante -2,35%); passagem aérea (5,59% ante 6,60%); banho e tosa (1,53% ante 0,42%). Com esses resultados, o grupo Despesas Pessoais apresentou a maior variação do IGS, com taxa positiva de 0,98%, na comparação com queda de 0,44% em setembro.