Inflação de Curitiba foi a terceira maior do País

Curitiba registrou em setembro a terceira maior inflação do País, com variação de 0,97% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou 0,78 ponto percentual acima do IPCA de agosto (0,19%). O índice também superou o indicador nacional do mês passado (0,72%), que teve variação de 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,65%). No ano, a taxa nacional acumula 5,60%, contra 5,35% no mesmo período de 2001, enquanto a inflação curitibana soma 5,36% – sendo a segunda menor entre as onze regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

Nos últimos 12 meses, a inflação brasileira totaliza 7,93%, superior ao resultado dos doze meses imediatamente anteriores (7,46%). Em setembro do ano passado, o índice mensal foi de 0,28%. O IPCA reflete o custo de vida para famílias com rendimento mensal entre um e quarenta salários mínimos e é usado como balizador da meta de inflação acertada pelo Banco Central com o FMI.

Segundo a análise do IBGE, a elevação do IPCA foi motivada basicamente pela desvalorização do real, que provocou aumentos expressivos nos alimentos. Os técnicos do IBGE destacam que o índice de setembro foi alto apesar da redução de 7,61% nos preços do gás de cozinha e da ausência de impactos positivos importantes nos preços administrados.

Influenciado pelo dólar, o grupo Alimentação e Bebidas teve crescimento de 1,96%, resultado dos aumentos do óleo de soja (14,23%) e derivados do trigo: farinha de trigo (10,71%), macarrão (5,60%), biscoito (4,28%) e pão francês (2,68%). A alta da moeda norte-americana também impactou os produtos não alimentícios, com variação de 0,37%. Foram verificados incrementos expressivos de preços em eletrodomésticos (1,90%) e artigos de higiene pessoal (1,89%).

O maior IPCA regional foi o de Brasília (1,06%), pressionado pela alta de 12,39% nas tarifas de energia elétrica. Fortaleza teve a menor taxa (0,42%). Nas demais regiões, os resultados foram os seguintes: Belém (1,01%), Salvador (0,94%), Goiânia (0,92%), Porto Alegre (0,79%), Rio de Janeiro (0,74%), Recife (0,62%), Belo Horizonte (0,61%) e São Paulo (0,59%).

O INPC – que mede a inflação para famílias com rendimento mensal de um a oito salários mínimos – teve acréscimo de 0,83% em setembro, resultado próximo ao de agosto (0,86%). No ano, o INPC acumulou 6,39%, acima da taxa de 6,26% de igual período do ano passado. Nos últimos doze meses, o índice contabiliza 9,58%, enquanto nos doze meses imediatamente anteriores aponta 9,16%. Em setembro de 2001, a taxa mensal foi 0,44%. A Grande Curitiba teve em setembro o sexto INPC mais alto, de 0,87% – um acréscimo de 0,47 ponto percentual sobre agosto (0,40%).

Goiânia e Belém tiveram o maior índice regional (1,31%) e São Paulo (0,50%), o menor. Nas outras capitais, os índices foram os seguintes: Brasília (1,23%), Salvador (1,15%), Porto Alegre (0,90%), Rio de Janeiro (0,84%), Belo Horizonte (0,83%), Recife (0,79%) e Fortaleza (0,66%).

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