Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S), referente ao mês de agosto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (3), registrou alta de 0,42% em comparação com julho.
O coordenador da pesquisa, André Braz, disse que Habitação, que reúne os principais gastos do lar como condomínio, telefone, luz e água, foi o que teve o maior aumento no mês. Os preços desse grupo que em julho cairam 0,40%, em agosto aumentaram 0,46%.
"Isso aconteceu porque em julho houve uma queda de 12% da tarifa elétrica em São Paulo. Já em agosto, o índice foi puxado pelo aumento das tarifas de telefones em torno de 1,44%", explicou André Braz.
O item Vestuário também teve impacto nesse aumento. Os preços continuaram caindo, mas em ritmo mais lento devido à entrada da nova coleção primavera-verão (-0,26% em agosto contra -0,31% em julho).
Já no grupo Transportes, a tendência de queda foi mantida (-0,45% em agosto contra -0,26% em julho). "Isso ocorreu porque os preços do álcool combustível continuaram caindo em agosto, fechando o mês com uma redução de 6,14%, contra uma queda de 5,35% em julho", disse Braz.
As despesas com alimentação tiveram uma alta menor em agosto, principalmente devido ao fim do período da entressafra do setor da pecuária. Os laticínios aumentaram 5,38% em agosto contra um aumento maior, de 9,24%, em julho.
O item Educação, Leitura e Recreação também subiu menos (0,25% em agosto contra 0,59% em julho). "Foi um reflexo dos cursos não formais, como de informática e língua estrangeira, que subiram menos", explicou o economista.
O item Saúde e Cuidados Pessoais sofreu aumento de preços de 0,43% em agosto contra 0,34% em julho. Serviços de cabeleireiro e barbearia, por exemplo, apresentaram alta de 0,54% no mês passado. E despesas diversas, uma alta de 0,20% em agosto, contra 0,59% em julho, puxada pelos preços dos cigarros.
A pesquisa da FGV é feita nas cidades do Rio deJaneiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e no Distrito Federal.