A inflação sentida pela população idosa desacelerou o ritmo de alta de 1,18% no quarto trimestre do ano passado para 0,89% no primeiro trimestre deste ano, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 11. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 3,30% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 2,76% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.
Na passagem do quarto trimestre de 2017 para o primeiro trimestre de 2018, cinco das oito classes de despesas tiveram taxas de variação mais baixas. O destaque partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 1,21% para 0,07%, sob influência do item tarifa de eletricidade residencial, que saiu de uma alta de 4,14% para uma queda de 2,05% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nos grupos Transportes (de 2,51% para 1,61%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,11% para 0,73%), Comunicação (de 0,20% para -0,13%) e Despesas Diversas (de 0,65% para 0,62%). Houve contribuição dos itens tarifa de táxi (de 9,68% para -6,79%), excursão e tour (de 5,55% para -1,65%), mensalidade pata TV por assinatura (de 4,08% para -0,42%) e cigarros (de 1,23% para -0,24%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de 0,45% para 1,41%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,47% para 1,59%) e Vestuário (de -0,07% para -0,02%), sob pressão de itens como hortaliças e legumes (de 7,60% para 16,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,39% para 0,01%) e calçados (de -0,83% para 0,76%).