A inflação percebida pelos idosos encerrou 2010 aos 6,27%, acima da taxa de 4,09% apurada em 2009. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), anunciado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede a inflação percebida pela população idosa. A instituição informou que o indicador subiu 2,46% no quarto trimestre de 2010, bem acima do resultado do terceiro trimestre do ano passado, de 0,05%.
Os resultados do IPC-3i superaram aos apurados, nos mesmos períodos, pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação em todas as faixas etárias. A inflação medida pelo IPC-BR subiu 3,95% em 2009, avançou 6,24% em 2010 e teve alta de 2,33% no quarto trimestre do ano passado.
Segundo a FGV, todas sete classes de despesa componentes do IPC-3i apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano passado. É o caso de Alimentação (de -1,27% para 5,15%), Habitação (de 0,85% para 0,88%), Vestuário (de -0,87% para 2,39%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,05% para 1,22%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,05% para 1,87%), Despesas Diversas (de 0,33% para 2,23%) e Transportes (de 0,33% para 0,85%).
Entre os produtos pesquisados para cálculo do indicador, as mais expressivas altas de preço no quarto trimestre foram apuradas em açúcar refinado (22,76%), alcatra (20,19%) e plano e seguro saúde (1,87%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em manga (baixa de 23,42%), cebola (recuo de 14,77%) e pimentão (queda de 21,13%).
Em 2010, as mais importantes elevações foram registradas nos preços de plano e seguro saúde (5,88%), leite tipo longa vida (23,95%) e empregada doméstica mensalista (8,85%). Já as mais expressivas quedas de preço, no ano passado, foram registradas em cebola (baixa de 50,82%), batata-inglesa (queda de 27,09%) e mamão papaia (recuo de 25,62%). O IPC-3i apresenta o cenário de preços entre famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.