A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou no mês de janeiro, segundo a fundação Getulio Vargas (FGV). É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (C usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,98% no mês passado, após mostrar alta de 0,76% em dezembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 7,03% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em janeiro ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 1,01% em janeiro. Mas a taxa de inflação acumulada em 12 meses no IPC-C1 foi maior que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,95% no período.
Quatro das oito classes de despesas componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (1,40% para 2,48%), Despesas Diversas (1,50% para 4,98%), Educação, Leitura e Recreação (0,35% para 2,31%) e Transportes (0,34% para 0,42%). Para estes grupos, os itens de destaque foram: hortaliças e legumes (3,53% para 21,29%), cigarros (3,18% para 9,79%), cursos formais (0,00% para 8,91%) e tarifa de ônibus urbano (0,07% para 0,85%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo os grupos Habitação (0,42% para -0,49%), Vestuário (0,90% para 0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,19%). Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (0,72% para -5,24%), roupas (1,25% para -0,36%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,33% para -0,30%), nesta ordem. O grupo Comunicação repetiu a taxa de variação da ultima divulgação, 0,03%.