Inflação chinesa acelera e atinge maior alta em 2 anos

O índice de preços ao consumidor chinês subiu 5,1% em novembro, atingindo o porcentual mais elevado desde julho de 2008. O avanço aumenta os temores de que a crescente inflação na China vai exigir medidas mais duras do governo.

O indicador no mês passado ficou acima da alta de 4,4% verificada em outubro e superior também à média de 4,7% prevista por economistas.

Os preços dos alimentos foram item importante na inflação de novembro, subindo 11,7% em relação ao ano anterior, alta maior do que os 10,1% acumulados em outubro. Mas os preços de produtos não alimentícios também aceleraram, com elevação de 1,9% na comparação com 2009, mais uma vez acima da alta registrada em outubro, que foi de 1,6%.

Outro sinal de que a pressão inflacionária pode continuar a crescer foi a elevação do índice de preços ao produtor que chegou a 6,1% em novembro em relação ao mesmo período do ano anterior, acima do aumento de 5,0% de outubro e da média de 5,3% esperada pelos economistas.

O investimento em ativos fixos, uma medida de gasto de capital na China, subiu 24,9% na comparação com um ano antes no período entre janeiro e novembro, acima da elevação de 24,4% entre janeiro e outubro, informou o governo. Os economistas haviam previsto uma alta de 24,4%, igual a de outubro.

A produção industrial de valor agregado em novembro subiu 13.3% em relação ao ano anterior, acima da média prevista de 13,0% e maior do que o aumento de 13,1% registrado em outubro.

As vendas no varejo de novembro subiram 18,7% na comparação com o ano anterior. “A economia chinesa está claramente mostrando sinais de superaquecimento”, disse Wang.

Compulsório

Ontem, o banco central da China informou que vai elevar o compulsório dos bancos em 0,5 ponto porcentual para 18,5% a partir de 20 de dezembro, a sexta vez que a medida é tomada neste ano e a terceira no último mês. A decisão indica que o governo está cada vez mais preocupado com a inflação e o excesso de liquidez. As informações são da Dow Jones.

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