Os preços ao consumidor subiram em um ritmo mais elevado entre as maiores economias do mundo no mês de abril, amenizando preocupações de que a inflação baixa poderá frear a recuperação econômica global, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) médio dos 34 países-membros da OCDE subiu 2% nos 12 meses até abril, após avançar 1,6% no período de 12 meses encerrado em março. Considerando apenas os países do G-20, a inflação anual acelerou pelo segundo mês consecutivo para 2,8% em abril, de 2,5% em março.

A recuperação na inflação entre os países desenvolvidos deve tranquilizar muitos banqueiros centrais, uma vez que estes consideram aumentos anuais de preços de 2% como consistentes com o crescimento econômico saudável. A principal exceção diz respeito aos formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE), que viram a taxa anual de inflação na zona euro desacelerar para 0,5% em maio, depois de um avanço para 0,7% em abril.

Quando a inflação está baixa, as empresas, as famílias e até mesmo os governos têm mais dificuldade em reduzir suas dívidas, um problema particularmente preocupante para algumas nações altamente endividadas da zona do euro.

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E quando os preços começam a cair, os consumidores podem adiar as compras em meio à expectativa de que seu dinheiro valerá mais no futuro. Isso, por sua vez, pode enfraquecer a atividade econômica e criar pressões deflacionárias. Após as dificuldades observadas no Japão na busca de encerrar seu longo período de deflação, os bancos centrais de outros países estão ansiosos para evitar uma caminho similar.

De acordo com a OCDE, quatro de seus membros tiveram um declínio dos preços nos 12 meses até abril, sendo que todos estes estão na Europa.

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Com o enfraquecimento do crescimento econômico global no quarto trimestre do ano passado e no primeiro trimestre de 2014, a zona do euro está longe de ser a única a ter enfrentado um período de pressões inflacionárias desconfortavelmente fracas. Mas há sinais de que o problema está sendo amenizado fora do bloco de moeda. Nos EUA e no Canadá, a inflação anual subiu para 2,0% em abril, de 1,5% em maio, enquanto no Reino Unido avanço para 1,8%, de 1,6%. E no Japão teve alta para 3,4%, de 1,6%, embora esse salto tenha ocorrido em grande parte devido a um aumento no imposto sobre vendas.

Fora da OCDE, a taxa anual de inflação também mostrou aceleração no Brasil (de 6,2% em março para 6,3% em abril), na Rússia (de 6,9% para 7,3%), na África do Sul (de 6,1% para 6,2%) e na India (de 6,7% para 7,1%). No entanto, a tendência foi de desaceleração na China, de 2,4% para 1,8%.