Inflação ainda é desconfortável, mas recua, diz Tombini

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 24, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a baixa inflação contribuirá para fortalecer a confiança dos empresários e consumidores brasileiros. Segundo ele, essa é uma condição necessária para a consolidação do crescimento para os próximos semestres em bases sustentáveis.

Tombini lembrou que choques externos e internos no segmento agrícola, entre outros fatores, pressionaram a inflação no segundo semestre do ano passado e no início deste ano. Por essa razão, o BC começou a agir, alterando sua comunicação e elevando a taxa básica de juros desde abril. Segundo ele, apesar de ainda estar em “patamares desconfortáveis”, a inflação acumulada em 12 meses já retomou uma tendência de declínio, depois de atingir um pico em junho.

Ele acrescentou que a desvalorização e a volatilidade da taxa de câmbio, no curto prazo, constituem mais uma pressão inflacionária. Mas, no médio e longo prazo, esse movimento deve beneficiar a economia. “O nosso objetivo é uma meta de inflação de 4,5%. Não existe outro objetivo para o BC”, afirmou.

Câmbio

Ao fazer um balanço da atuação da instituição no mercado de câmbio, o presidente do BC afirmou que os leilões de swap cambial têm reduzido a volatilidade do real e levou a uma apreciação da nossa moeda na casa de 10%. “A situação de mercado está mais calma a despeito das pendências que ainda existem no mercado internacional”, avaliou.

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