Industriais do setor da cal no Paraná terminaram 2004 comemorando. Isso porque no ano passado o setor teve um crescimento estimado de 15% em relação a 2003. A informação é da Associação Paranaense dos Produtores de Cal (APPC). Nos últimos anos, o setor registrou aumentos tanto no índice de vendas como também na produção. Em 2003 o Estado produziu 1,2 milhão de toneladas e fechou o ano com um total de R$ 114 milhões em negócios. Ano passado, a produção subiu para 1,4 milhão de toneladas e gerou receita de R$ 130 milhões.

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A alta se deve ao crescimento da atividade de construção e pela procura de mercados alternativos como indústrias de álcool e siderurgias. Para 2005, iniciativas como o Arranjo Produtivo Local (APL), espécie de organização empresarial voltada ao desenvolvimento de mercados, e a Central de Vendas, em fase de implantação pela Associação Paranaense dos Produtores de Cal (APPC), ajudarão no crescimento do setor, que gerou no ano passado 2,5 mil empregos diretos e 12,5 mil empregos indiretos.

Outro fator que ajudou e vem ajudando a reerguer o setor no Estado é a melhoria da qualidade da cal paranaense, obtida com o Programa Paranaense de Qualidade da Cal, realizado pela APPC. Em 2000, 80% da produção tinha problemas de qualidade. Em 2004, esse percentual caiu para menos de 15%, segundo dados da APPC. O Programa de Qualidade confere um selo às empresas dentro da Lei. ?Isso elevou muito a imagem da cal do Paraná em outros estados, ampliando mercados?, afirma o secretário executivo da APPC, Fábio Pini.

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC), atualmente o Paraná ocupa a segunda colocação entre os principais estados produtores de cal virgem do País. Dados de 2003 colocam Minas Gerais em primeiro lugar, com 65%, o Paraná com 22% e os outros estados com 13%. O balanço de 2004 só deve ser fechado em março, mas segundo estimativas da ABPC, os valores devem ser praticamente os mesmos os registrados em 2003. Cerca de 60% da produção paranaense é de cal virgem e 40% de cal hidratada.

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Quanto ao mercado comprador, o estado que mais consome a cal hidratada paranaense é São Paulo (a cal virgem é consumida somente dentro do Paraná). Outros consumidores em potencial do composto são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Ano passado, 40 indústrias produziram cal no Estado.