O Índice de Confiança do Empresário Industrial do Paraná (Icei-PR) registrou um aumento de 4,9 pontos no último trimestre de 2006 em relação ao trimestre anterior, chegando a 58,1 pontos. O índice é medido com base em dois indicadores: a condição atual e a expectativa em relação aos próximos seis meses. A pontuação é também melhor que a registrada no último trimestre de 2005, quando o índice chegou a 55,6 pontos. O índice inferior a 50 pontos revela pessimismo e superior a 50, otimismo. Nos dois primeiros trimestres de 2006 o resultado mostrou pessimismo, com pontuações de 49,7 (primeiro trimestre) e 48 (segundo trimestre).
A pesquisa é coordenada nacionalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizada trimestralmente em todos os estados junto ao empresariado industrial de todos os setores e todos os portes. No Paraná, a pesquisa é de responsabilidade do Departamento Econômico da Federação das Indústrias (Fiep).
A melhoria do índice de confiança revelada pela última pesquisa é atribuída em parte à sazonalidade típica do final do ano, quando acontece um aquecimento das vendas em relação ao primeiro semestre. De acordo com o Departamento Econômico da Fiep, a melhoria do otimismo ficou concentrada especialmente nas pequenas e médias empresas. O principal motivo foi o aumento do faturamento destas empresas em 39,7% contra 28% registrado no trimestre anterior.
Para a composição do índice são consideradas as condições da economia, as condições do setor e as condições da empresa. Nos dois casos, condições atuais e expectativas para os próximos seis meses a condição da economia foi o item que recebeu a menor pontuação (45,7 para as condições atuais e 54,3 para os próximos seis meses). Os empresários atribuem a melhoria no índice de confiança mais ao comportamento do setor em que atuam e a medidas internas de gestão nas empresas do que ao cenário econômico, sobre o qual ainda olham com cautela. Em relação à situação atual, as condições do setor receberam pontuação de 45,9 e as condições da empresa, 52,1. Em relação à expectativa para os próximos seis meses, a pontuação chegou a 61 em relação ao comportamento do setor e a 66,5 em relação às condições da empresa.