A expectativa dos industriais paranaenses é que o ano de 2004 seja melhor que o de 2003. Dados da VIII Sondagem Industrial, do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontam que 87,46% dos 400 empresários entrevistados estão otimistas. ?Existem fatores econômicos, monetários e creditícios que estimulariam a produção, reprimida por dois anos consecutivos. Subjetivamente, há uma necessidade dos empresários de investir mais?, avalia o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
Pela sondagem, este é o maior percentual positivo dos últimos seis anos. Rocha Loures diz que as incertezas existentes no fim do ano de 2002 (de natureza política) e no começo de 2003 (provocadas pelo arrocho fiscal e monetário) se diluíram no fim deste ano. Ele entende que regras tributárias mais claras, a redução ainda que pequena dos juros e o acesso ao crédito para alguns setores da economia melhoraram o ?humor dos empresários? para novos investimentos. O cenário positivo para 2004 é contrário ao desempenho de 2003, onde a produção cresceu 3%, mas as vendas estão negativas em 12%, dados de outubro.
A pesquisa mostra que quase a metade dos empresários paranaenses (43,23%) pretendem investir em novos negócios (desenvolvimento de negócios). Na estratégia do empresariado do Paraná, o primeiro foco é a satisfação do cliente (64,58%). Depois, viriam desenvolvimento de negócios, inovação e o desenvolvimento de produtos (42,97%) e a flexibilidade para agregar novos produtos à linha (29,43%).
Recursos
A pesquisa levantou de que forma as indústrias vão investir dinheiro. O presidente da Fiep informa que a maioria vai se valer de dinheiro próprio. Na pesquisa, 84,46% querem reaplicar parte de seus faturamentos em suas indústrias para crescer. ?A Fiep vai estimular o associativismo e investir na produtividade das empresas, porque não acredita que o governo seja capaz de ajudar no estímulo do setor industrial?, diz Rocha Loures.
