Rio (ABr) – Os empresários da indústria de transformação estavam menos otimistas em abril este ano, quanto aos investimentos gerais no setor do que no mesmo período do ano passado. A constatação é da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de abril, divulgada hoje, pela Fundação Getúlio Vargas.
O levantamento mostrou que 16% dos 1.043 empresários entrevistados têm a intenção de investir menos, enquanto no mesmo período do ano passado, esse percentual era de 8%. Entre os que pretendem investir mais, o percentual é de 55% ante 65% no ano passado.
Para os investimentos em capital fixo (compra de novos equipamentos, ampliações das fábricas etc) as perspectivas também são semelhantes. Em abril deste ano, o percentual dos que pretendem investir é de 55%, ante 65% do mesmo período do ano passado.
A justificativa de 49% dos empresários para investir em capital fixo é a necessidade de expandir a produção. O resultado foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1998, e só perde para abril do ano passado, quando 52% dos entrevistados se dispunham a isso. Historicamente, de acordo com a sondagem, "somente em anos com boas perspectivas de crescimento, esta opção de resposta tem sido a mais citada pelas empresas".
A sondagem também constatou que a carga tributária ainda é o principal fator de inibição de investimentos na indústria. Os dados da pesquisa revelam que 34% dos ouvidos na pesquisa informaram que o peso dos impostos impede que o setor faça maiores investimentos. Ainda assim, o percentual é inferior ao do mesmo período de 2005, quando 46% das empresas consultadas apontaram a elevada carga tributária como principal fator a limitar os investimentos.
A incerteza acerca da demanda para seus produtos também foi considerada por 29% dos empresários, motivo importante para a restrição dos investimentos na indústria de transformação.
