economia

Indústria tem pequena melhora, mas segue no ritmo lento de 2018, diz CNI

Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a atividade do setor registrou uma pequena melhora em agosto, com aumento nas horas trabalhadas, no faturamento e na Utilização da Capacidade Instalada (UCI). De acordo com o estudo, o faturamento do setor cresceu pelo terceiro mês consecutivo e apresentou alta de 0,6% em agosto em relação a julho, na série com ajuste sazonal.

As horas trabalhadas também tiveram aumento, de 0,6%, assim como a UCI, que cresceu 0,1 ponto porcentual, chegando a 78,1%.

A melhora, no entanto, não alcança o emprego, que segue estável e sem reação desde 2017, nem a massa salarial e o rendimento médio real, que registraram queda em agosto, de -0,7% e -0,4%, respectivamente.

“A indústria continua a registrar índices de atividade próximos aos observados no fraco ano de 2018”, cita o levantamento divulgado nesta terça-feira, 1º de outubro, pela CNI.

Conforme o estudo, “embora tenham registrado variações positivas no mês, os índices de faturamento, horas trabalhadas e UCI seguem inferiores aos registrados em agosto do ano passado. Deste modo, seguem mostrando queda no acumulado nos oito primeiros meses do ano – exceto a UCI, que registra crescimento de 0,1 ponto porcentual nessa comparação”, acrescenta.

Emprego, massa salarial e rendimento médio também mostram queda nas comparações com 2018, cita.

“A expectativa é que o ritmo atual de recuperação se mantenha nos próximos meses. Não há, contudo, perspectiva de aceleração desse movimento, de forma que o resultado da indústria para 2019 dificilmente irá se descolar muito do de 2018. A indústria ainda tem estoques em excesso e não há expectativa que a demanda se acelere muito até o fim do ano, limitando o ritmo de atividade do setor”, avalia o economista da CNI Marcelo Azevedo.

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