Indústria tem fôlego e cresce 0,3%

Foto: Lucimar do Carmo

Setor de refino de petróleo apresentou recuperação.

Rio – A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em fevereiro, na comparação a janeiro, segundo números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com fevereiro de 2006, a indústria brasileira cresceu 3%. No primeiro bimestre do ano, a produção do setor acumula alta de 3,8% ante igual período do ano passado. No período de 12 meses, registrou variação de 2,8% até fevereiro.

 Segundo os técnicos do IBGE, os dados mostram um quadro de estabilidade em relação ao nível de produção observado no final do ano passado. O indicador de média móvel trimestral da indústria mostrou crescimento de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro ante o terminado em janeiro.

A indústria de refino de petróleo, que havia puxado para baixo os resultados da produção industrial em janeiro, representou o principal impacto de alta para a expansão do setor industrial em fevereiro, segundo o IBGE.

Com crescimento de 4,1% nessa base de comparação -após uma queda de 4,6% em janeiro, provocada por paralisações técnicas – esse segmento ficou à frente do material elétrico, eletrônico e de comunicações (7,4%, o segundo principal impacto) e alimentos (1,8%) – entre as maiores influências de alta na produção industrial em fevereiro ante janeiro.

Do lado negativo, os destaques de queda foram dados, nessa ordem, por máquinas e materiais elétricos (-5,7%), máquinas e equipamentos (-2,6%) e metalurgia básica (-2,9%).

Câmbio

A categoria de bens de consumo duráveis, prejudicada especialmente pelo câmbio, foi a única entre as quatro pesquisadas pelo IBGE a registrar recuo na produção (-2,9%), em fevereiro, ante igual mês do ano passado.

O coordenador de indústria do instituto, Silvio Sales, explicou que a baixa foi puxada especialmente pelas reduções na produção de automóveis (-5,8%), celulares (-7,2%) e eletrodomésticos de linha marrom (-26,9%, sob impacto especialmente de televisores). Os eletrodomésticos de linha branca (geladeira, freezer) mantiveram a trajetória de crescimento, com aumento de 14,3% na produção em fevereiro.

Segundo Sales, os maus desempenhos na produção de automóveis e, especialmente, de celulares, foram provocados pela perda de mercado externo. De acordo com ele, as exportações desses produtos estão sendo prejudicadas pelo câmbio.

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