Rio (AE) – O nível de emprego na indústria brasileira registrou em dezembro de 2006 a terceira queda consecutiva, com recuo de 0,3% ante novembro (série com ajuste sazonal), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com dezembro de 2005, porém, o emprego na indústria cresceu 0,8%, a maior variação nessa base de comparação apurada pelo instituto desde julho de 2005 (1,2%).
Com o resultado de dezembro, a indústria brasileira fechou o ano de 2006 com estabilidade no total de empregos. O resultado foi o pior em três anos, após o crescimento de 1,8% em 2004 e de 1,1% em 2005.
A folha de pagamento real da indústria registrou queda de 3,6% em dezembro do ano passado ante novembro, segundo o IBGE. Na comparação com dezembro de 2005, a folha cresceu 0,4% e fechou 2006 com expansão de 1,3%.
Apesar dos resultados positivos ante iguais períodos do ano anterior, a folha mostrou tendência de queda no índice de média móvel trimestral, que mostrou recuo de 1,9% no trimestre encerrado em dezembro ante o terminado em novembro.
Regiões
O emprego industrial cresceu em 10 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em dezembro ante igual mês de 2005 e registrou expansão, nessa base de comparação, em 12 dos 18 segmentos pesquisados pelo instituto. As regiões Norte e Centro-Oeste (8 6%), São Paulo (1,3%) e a região Nordeste (1,5%) exerceram as contribuições positivas mais significativas para o total do País no que diz respeito à ocupação na indústria.
Segundo o IBGE, o dinamismo do setor sucroalcooleiro explica, em grande parte, o aumento do emprego industrial em São Paulo (que responde por cerca de 40% do emprego industrial no País) e na região Nordeste. Nesses dois locais, segundo o documento, as principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (10,3% em São Paulo e 3,3% no Nordeste) e refino de petróleo e produção de álcool (22,9% na indústria paulista e 21,3% na nordestina).
Em termos setoriais, no total do País, os ramos que exerceram os maiores impactos positivos na média do emprego industrial em dezembro foram alimentos e bebidas (7,2%), refino de petróleo e produção de álcool (16,9%) e meios de transporte (2,4%).