Apesar de no curto prazo a confiança da indústria estar crescendo a um ritmo lento, no horizonte de seis meses as expectativas apontam para um cenário melhor para o setor, afirmou nesta quinta-feira o coordenador da Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo.
O Índice de Confiança da Indústria em abril fechou em 0,3%, abaixo da expansão de 0,5% de março, o Índice de Expectativa (IE) avançou só 0,2% sobre março e as perspectivas para o emprego (-2,7%) e produção física (-0,8%) para os próximos três meses continuam pouco animadoras. A situação futura dos negócios para os próximos seis meses, entretanto, cresceu 4,4% em abril sobre março, após ter subido apenas 0,4% em março ante fevereiro.
De acordo com Campelo, a melhora na expectativa dos empresários em relação à situação dos negócios para daqui a seis meses está sendo influenciada pelas medidas de estímulo à indústria adotadas pelo governo, redução da taxa básica de juros e dos juros bancários, além de expansão do crédito. “No curto prazo, a confiança é menor porque o empresário sabe que muitas destas medidas só devem dar resultado daqui a três meses.”
Com relação ao crédito, a Sondagem da FGV perguntou aos 1.147 empresários que participaram do levantamento qual era o grau de dificuldade para acessar crédito. Em abril, 11% disseram estar mais difícil obter crédito, porcentual inferior aos 17% de março.