A indústria paranaense produziu menos em junho, na comparação com maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa da produção industrial, que foi divulgada ontem, aponta uma queda de 1,7% nessa comparação, próxima à média nacional de -1%.

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No confronto com a produção de junho do ano passado, no entanto, o setor teve crescimento de 41,3% – a taxa foi a maior entre os locais pesquisados e superou com folga a média do País, de 11,1%.

Com o índice, o Paraná fechou o primeiro semestre com uma produção 19,6% maior que no mesmo período de 2009 – indicador que também supera o nacional, de 16,2%.

No documento que divulgou a pesquisa, o IBGE também destacou a indústria paranaense na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres do ano. De acordo com o instituto, o Paraná foi o local que mostrou o ganho mais acentuado entre os dois períodos, passando de uma taxa de 12,8% para 26,4%.

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A média do País fez caminho inverso nesse mesmo comparativo, caindo de 18,2% para 14,3%. Em bases trimestrais, a indústria paranaense vem em ascendente desde o segundo trimestre de 2009.

No indicador acumulado nos seis primeiros meses do ano (19,6%), 13 dos 14 segmentos pesquisados tiveram aumentos na produção, com veículos automotores (62,9%), máquinas e equipamentos (42,3%) e edição e impressão (18,6%) ficando entre as principais influências positivas.

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Já na comparação entre os meses de junho deste ano e do ano passado, aconteceram avanços em 12 das 14 atividades pesquisadas pelo IBGE. O índice de 41,3% é o maior já registrado para os meses de junho.

A maior pressão positiva veio da indústria de edição e impressão, que teve um crescimento de 428,8%, apontado como “atípico” pelo Instituto. As causas do aumento, segundo o IBGE, foram a maior fabricação de livros, brochuras e impressos didáticos, e também os números ruins de junho de 2009.

A segunda maior influência no índice de junho, no Paraná, veio da indústria de veículos automotores, que produziu 69% mais que no mesmo mês do ano passado.

A maior fabricação de caminhões, caminhões-tratores, bombas injetoras e automóveis puxou o aumento. O segmento de máquinas e equipamentos (37,4%) também foi destaque, devido principalmente aos tratores agrícolas e máquinas para colheita.

Outras influências positivas vieram dos alimentos, que tiveram 11,6% de crescimento ante junho de 2009), devido à maior produção de açúcar cristal e carnes e miudezas de aves; madeira (32,8%), por conta da melhor movimentação de madeira serrada; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, cuja taxa de 58,9% foi impulsionada principalmente pelos cabos de fibras óticas e fios, cabos e condutores elétricos.

Do outro lado, as quedas na produção, ainda na comparação dos meses de junho de 2010 e 2009, aconteceram nos segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (-5,5%), por conta de uma redução na fabricação de óleo diesel, e de celulose e papel (-4,8%). Nesse grupo, a pressão para baixo veio da menor produção de papel-cartão e papel kraft para embalagens.