Pensar em compras de chocolate para a Páscoa parece uma idéia um pouco antecipada, já que faltam quase dois meses para a data. Porém a produção das guloseimas começou em setembro, e as fábricas do Paraná estão a todo vapor para que, na metade de fevereiro, os produtos estejam a disposição do consumidor nos pontos de vendas. Os fabricantes prometem muitas novidades para o público, mas com preços 7% mais caros que no ano passado.
O diretor de vendas da região Sul da Itamaraty Celso Chequim argumenta que a matéria-prima sofreu reajustes, que terão que ser repassados aos produtos. No entanto, ele avalia que isso não irá inibir as vendas, e aponta um crescimento de 5% na produção, e entre 10% a 12% no faturamento – em 2007 a empresa faturou R$ 5 milhões com itens para a Páscoa. Apesar do chocolate não ser o seu principal produto – a Itamaraty é forte em café e biscoitos – empresa a irá produzir um milhão de ovos e 700 toneladas de barras de chocolate.
Desde dezembro a Itamaraty contratou 150 funcionários temporários – para atuar em três turnos de trabalho – e outros 200 estão sendo selecionados para atendimento nos pontos de vendas. Entre as novidades da Itamaraty para a Páscoa estão a linha light/diet, com produtos 0% de açúcar; e para a criançada, ovos recheados com bonequinhos fluorescentes. A fábrica da Kraft Foods – que comercializa chocolates da marca Lacta – contratou para a unidade de Curitiba 1,1 mil trabalhadores temporários, e anuncia que outros 5,2 mil serão contratados em todo Brasil para atuar em promoção e vendas. A empresa irá produzir 21 milhões de ovos, um milhão a mais que em 2007.
Dona das marcas Chocolates Salware e Coberturas Castor há cerca de um ano e meio, a Fábrica Gralha Azul está bastante otimista com a Páscoa, e promete dobrar sua produção, de 150 toneladas para 300 toneladas, assim como, o faturamento, que deve passar de R$ 500 mil para R$ 1 milhão. Desde novembro a empresa ampliou em 20% o número de funcionários. O diretor financeiro da Gralha Azul Érlon Pilati disse que a estratégia para atingir as metas está sendo o investimento em produtos diferenciados, como a linha saúde, com produtos amargo, a base de soja e sem açúcar. Além disso, investiu em chocolates de padrão europeu, com alto teor de cacau e mais refino. Por esses produtos o consumidor irá pagar 60% a mais que os chocolates convencionais – os ovos de 200 gramas irão custar entre R$ 20 a R$ 22.
Por questões estratégicas, a Barion prefere não revelar seus números, mas garante que pretende repetir o volume de produção de 2007 e aumentar em 5% os resultados. Uma das metas da empresa será reduzir a quantidade de devoluções após a Páscoa. E como atrativos, irá relançar o ovo de wafer coberto com chocolate ao leite, que chegará ao consumidor com preço médio de R$ 8 o produto com 190 gramas.