Foto: Fábio Alexandre |
Maurílio Schmitt: trajetória típica. continua após a publicidade |
As vendas industriais paranaenses registraram alta de 17,03% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período do ano passado. Foi o melhor primeiro trimestre desde 1986, de acordo com análise do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que divulgou ontem o balanço dos três primeiros meses do ano. Dos 18 gêneros pesquisados pela Fiep, 11 tiveram desempenho positivo e sete negativo.
O resultado positivo deste primeiro trimestre é atribuído à boa performance da atividade agroindustrial do Paraná, à fartura de crédito pessoal para consumo de bens, principalmente duráveis, e à expansão do mercado doméstico derivado da conjugação do crédito, do aumento dos salários e do nível de emprego.
O emprego total cresceu, em média, 6,46% no período e o emprego diretamente ligado à produção subiu 3,30%.
Março
O desempenho de março confirma a trajetória típica já verificada em marços de anos anteriores. ?Após um primeiro bimestre atípico de elevada atividade industrial, quando as vendas industriais cresceram 23,66% em comparação a 2007, os negócios começam a fluir em ritmo normal para este período do ano?, observa Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Fiep. Segundo ele, as vendas industriais deflacionadas aumentaram de fevereiro para março em 4,27%.
No País
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, as vendas reais em todo país, que medem o faturamento do setor, caíram 0,5% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal, mas subiram 1,7% em relação a março de 2007. No acumulado do primeiro trimestre, a alta foi de 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2007. As horas trabalhadas tiveram queda de 0,3% em março ante fevereiro e alta de 3,6% em relação a março de 2007. No primeiro trimestre a expansão foi de 6%.
A CNI afirma que o recuo no faturamento e nas horas trabalhadas em relação ao mês anterior não deve ser considerado como uma quebra da tendência do bom desempenho da indústria e atribuiu o resultado a um provável movimento de acomodação após sete meses consecutivos de crescimento do faturamento e de três meses seguidos de elevação das horas trabalhadas.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) manteve-se praticamente estável em março, atingindo 83,1% contra 83% em fevereiro. Em março de 2007, o Nuci estava em 82%. A CNI voltou a destacar que a intensificação da atividade industrial no início de 2008 não resultou em pressão da capacidade instalada, o que indica expansão da capacidade produtiva.