A produção industrial brasileira manteve em novembro de 2017 a tendência de melhora de ritmo, embora ainda de forma lenta e gradual, avaliou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A indústria operava em novembro 16,7% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013, segundo os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física divulgados pelo IBGE. O ritmo de produção estava em patamar semelhante a março de 2009, época da crise financeira internacional.

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“O patamar de produção é o melhor desde outubro de 2015. Isso dá uma mostra da melhora que estamos experimentando. É uma informação relevante, porque a indústria vem mês a mês recuperando perdas do passado. Em fevereiro de 2016, a distância (para o pico de produção) era de 21,5%. Mas essa frequência de resultados positivos ainda está longe de significar que todas aquelas perdas do passado foram zeradas”, ponderou Macedo.

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Segundo o pesquisador, a produção tem sido ajudada por um incremento das exportações e pela melhora da demanda doméstica, puxada pelo arrefecimento da inflação e pelo aumento da ocupação no mercado de trabalho. No entanto, ele ressalta que o País ainda está longe de recuperar todas as perdas que a economia como um todo apresentou nos últimos anos.

Ramos

De acordo com o IBGE, a produção cresceu em 20 dos 26 ramos industriais em novembro ante igual mês de 2016. Os resultados positivos alcançaram todas as categorias de uso, 56 dos 79 grupos e 59,0% dos 805 produtos pesquisados.

A atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias teve uma expansão de 18,8%, a maior influência positiva na formação da média da indústria. O bom desempenho foi impulsionado pela maior fabricação de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças.

Outras contribuições positivas relevantes para o total nacional foram de metalurgia (10,3%), outros produtos químicos (7,1%), produtos alimentícios (2,4%), produtos de borracha e de material plástico (8,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (12,8%), celulose, papel e produtos de papel (5,2%), indústrias extrativas (1,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,9%), móveis (13,6%), bebidas (3,4%), máquinas e equipamentos (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%).

Na direção oposta, entre as seis atividades que apontaram redução na produção em relação a novembro do ano passado, a principal contribuição negativa foi de produtos diversos (-9,0%).