Indústria mantém recuperação

Rio

  – Em outubro de 2002, a produção industrial brasileira apresentou crescimento pelo quinto mês consecutivo. Frente ao mês anterior, a taxa foi de 1,7%, e em relação a outubro de 2001, foi de 8,9%. Com isso, o indicador acumulado no ano passou de 1,1%, no período de janeiro a setembro, para 1,9% no período janeiro-outubro. O indicador acumulado nos últimos doze meses cresceu 0,9%, sua primeira marca positiva desde março deste ano. As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento na produção de 1,7%, na série livre de influências sazonais, entre setembro e outubro deste ano, é o quinto consecutivo neste tipo de comparação. Assim, desde que retomou o crescimento, em junho, a indústria já acumula aumento de produção de 4,6%, sendo que nos dois últimos meses o acréscimo foi de 2,8%. Na comparação entre o mês de outubro de 2002 e o mês imediatamente anterior, 16 dos 20 ramos pesquisados e as quatro categorias de uso obtiveram taxas positivas.

Por ramos industriais, vale citar os resultados positivos de: material de transporte (6,7%), metalúrgica (3,3%), mecânica (2,9%) e produtos alimentares (1,0%). A indústria de material de transporte, que nos dois últimos meses elevou seu patamar de produção em 19,8%, chega em outubro com o nível mensal mais alto desde novembro de 1997. Negativamente destacam-se: vestuário (-4,3%), têxtil (-2,3%) e material elétrico e de comunicações (-0,6%). Este último ramo industrial apresenta queda neste tipo de indicador há quatro meses, tendo acumulado queda de 5,2% neste período.

Por categorias de uso, observa-se que bens de capital (4,2%) e bens de consumo duráveis (5,0%) alcançaram taxa acima da média da indústria geral, enquanto bens intermediários (0,7%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (1,3%) crescem, mas abaixo da média. Os seguidos avanços da produção nos últimos meses levaram a que, em outubro, as categorias de uso atingissem patamares elevados de produção.

No segmento de bens de capital, outubro último registra o nível mensal mais elevado desde maio de 2001; em bens intermediários, este é o mês de maior atividade desde janeiro de 2001; para os bens de consumo duráveis foi registrada a maior produção desde maio de 2002; enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis tem em outubro o segundo mais alto nível de produção do ano, ficando abaixo do observado em janeiro.

Os índices de médias móveis trimestrais mostram que, no trimestre encerrado em outubro, a indústria atingiu o nível mais alto de produção desde março de 2001. A trajetória de recuperação delineada nos índices de bens intermediários, consumo duráveis e não duráveis é nítida. Na área de bens de capital há uma estabilização no nível de produção.

Considerando o indicador acumulado no ano, observa-se que as indústrias extrativa mineral, mecânica e de produtos alimentares foram responsáveis pelo maior impacto positivo sobre a produção.

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