Indústria ficou mais pessimista em maio, diz a FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 5,1% em maio ante abril, passando de 95,6 para 90,7 pontos, informou nesta quarta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa a maior variação negativa na margem desde dezembro de 2008 e aprofunda o distanciamento do índice em relação à média histórica, de 105,5 pontos.

Na avaliação da FGV, “a piora do ambiente de negócios, captada por todos os quesitos integrantes do ICI, sinaliza desaceleração da atividade no setor e aumento do pessimismo em relação à possibilidade de reversão da tendência nos próximos meses”.

A queda do ICI na margem se deve à deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,1%, para 92,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 5,0% para, 89,2 pontos.

A maior contribuição para a queda do ISA veio do item que sinaliza o nível de demanda. O indicador recuou 7,3% em maio, influenciado pela piora tanto no nível de demanda interna quanto externa, atingindo o menor nível desde abril de 2009 (80,5 pontos). Na passagem de abril para maio, a proporção de empresas que avaliam o nível de demanda como forte caiu de 11,5% para 8,3%. Já a parcela das que consideram o nível de demanda fraco avançou de 17,3% para 21,0% no mesmo período.

No IE, a principal influência de baixa, pelo quarto mês consecutivo, foi do quesito que mede as expectativas com a produção no curto prazo. Houve diminuição da proporção de empresas que preveem produzir mais nos três meses seguintes, de 27,1% para 22,4%, e aumento da parcela das que preveem produzir menos, de 12,0% para 15,3%, entre abril e maio. A FGV também informou que entre abril e maio o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,2 ponto porcentual, para 84,3%.

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