O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1% em fevereiro ante janeiro, passando de 99,5 para 98,5 pontos, informou nesta quarta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice permanece abaixo da média histórica pelo 11º mês consecutivo.
A queda do ICI na margem se deve à piora das avaliações dos empresários tanto sobre o presente quanto sobre o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,3% em fevereiro, para 99,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) registrou decréscimo de 0,7%, para 97,4 pontos.
De acordo com a FGV, a combinação de resultados mostra que o setor continua em ritmo lento no início do ano e está “pouco confiante” em uma recuperação ao longo do primeiro semestre.
A maior contribuição para a evolução desfavorável do ISA veio do item que sinaliza a percepção sobre o nível de estocagem. Entre janeiro e fevereiro, a proporção de empresas com estoques excessivos diminuiu de 9,3% para 8,7%, mas a parcela de companhias com volume insuficiente de mercadorias teve queda ainda mais expressiva, de 4,1% para 1,4%. Segundo a FGV, a diferença de 7,3 pontos porcentuais entre os dois dados de fevereiro configura o pior resultado desde setembro de 2013.
No caso do ISA, a principal influência negativa foi do quesito que mede a expectativa com a produção no curto prazo. A proporção das empresas que preveem aumento de atividade nos três meses seguintes, por exemplo, recuou de 40,1% para 35,8%. A FGV também informou que entre janeiro e fevereiro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável em 84,6%.