A indústria do Paraná fechou o mês de março com crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice ficou acima do desempenho nacional, que foi de 0,7%, mas bem abaixo do registrado no mês de fevereiro – 9,2% em relação ao mesmo período de 2002 -, o que significa que o Estado está em processo mais lento de produção. No primeiro trimestre, a indústria paranaense cresceu 6,3%, enquanto o acumulado dos últimos doze meses é de 3,3%. Os dados fazem parte da pesquisa industrial mensal, divulgada pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE).
A expansão de 2% reflete o crescimento de 12 dos 19 setores industriais pesquisados. A indústria metalúrgica foi a que apresentou melhor desempenho, com crescimento de 55,6%. Em seguida aparecem as indústrias mecânica e a química, com variação de 9,9% e 2,5%, respectivamente. Na contramão, a indústria alimentícia e a de material de transportes foram as responsáveis pelas pressões negativas, com queda de 2,3% e 7,1%, respectivamente.
A expansão de 6,3% no primeiro trimestre de 2003 coloca o Paraná como o segundo com melhor desempenho regional no período, atrás apenas do Espírito Santo (23,2%). O índice paranaense é 0,8 ponto percentual maior que o do último trimestre de 2002, que, por sua vez, foi o melhor período do ano passado. Dezessete setores contribuíram para esse ganho de dinamismo, com destaque para os avanços assinalados em material elétrico e de comunicações, que passou de 18,1% no período a outubro a dezembro para 44,2% no período de janeiro a março. A indústria química também colaborou com o desempenho, com crescimento de 2,7% para 5,4%.
Dados nacionais
Em relação a março de 2002, Espírito Santo (28,5%), Rio Grande do Sul (6,1%), Bahia (4,5%), Região Sul (3,1%), Paraná (2,0%), São Paulo (1,6%), Ceará (1,6%) e Rio de Janeiro (1,1%) cresceram mais que a média da indústria brasileira (0,7%). Nestes locais, destacaram-se a extração de petróleo e produtos mais associados à agroindústria e às exportações – colheitadeiras, motores diesel estacionários, fertilizantes, fumo em folha beneficiado, castanha de caju, celulose, siderúrgicos.
Já nas quatro áreas com queda na produção – Pernambuco (-9,8%), Minas Gerais (-4,3%), Região Nordeste (-3,5%) e Santa Catarina (-0,1%) – apenas em Santa Catarina a maior pressão negativa não veio de produtos alimentares, mas sim de matérias plásticas. Por outro lado, os ramos de maior influência negativa no índice nacional – vestuário e calçados, farmacêutica, material de transporte e têxtil -apresentaram queda em todos os locais, à exceção de vestuário e calçados no Paraná e material de transporte no Rio de Janeiro.