Indústria do Paraná cresceu 13,5%

A produção industrial do Paraná avançou 13,5% em maio, na comparação com igual mês do ano passado. Foi o segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Amazonas, que obteve crescimento de 24,6%. Dos 14 setores pesquisados no Paraná, 11 apresentaram elevação na produção, com destaque para o refino de petróleo e produção de álcool, além de veículos automotores. Em nível nacional, a produção da indústria cresceu 5,5%. No acumulado do ano, a produção industrial paranaense cresceu 6,5% e, nos últimos 12 meses, 9,5%.

A atividade de refino de petróleo e produção de álcool foi a que apresentou maior impacto no índice – com crescimento de 87,8%. ?Em maio do ano passado, houve uma parada técnica para manutenção em uma unidade importante (no caso, a Repar), o que deprecia a base de comparação?, ponderou o economista André Macedo, da Coordenação da Indústria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outras atividades que apresentaram crescimento foram veículos automotores (elevação de 30,5% na produção), edição e impressão (42,6%) – com destaque para a produção de livros e jornais – e alimentos (5,6%). ?Alguns setores, como o de veículos automotores, têm viés para o mercado externo?, observou o economista do IBGE.

Entre as atividades que apresentaram queda na produção, destaque para outros produtos químicos (-40,7%), influenciados pela queda na produção de adubos ou fertilizantes, por conta do cenário adverso enfrentado pelo agronegócio, e madeira (-7,7%), por conta do decréscimo em madeira compensada. O setor de produtos de metal (-2,13%) também registrou queda na produção.

No acumulado do ano (janeiro a maio), a produção industrial paranaense cresceu 6,5%, com nove dos quatorze ramos industriais apresentando resultado positivo. A indústria de veículos automotores, com expansão de 37,6%, exerceu a principal contribuição positiva na indústria geral, influenciada, sobretudo, pelo avanço na fabricação de automóveis e caminhões. A boa performance desta atividade refletiu, em maior medida, os bons resultados das exportações. Também vale destacar os resultados favoráveis de edição e impressão (34,2%) e de refino de petróleo e produção de álcool (6,2%). Do lado negativo, os maiores impactos vieram de outros produtos químicos (-30,9%) e produtos de madeira (-5,8%).

Nacional

Em nível nacional, a produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em maio. A exceção ficou por conta do Rio Grande do Sul, que registrou o quinto resultado negativo consecutivo. No acumulado do ano, todas as regiões, com exceção do Rio Grande do Sul, mostraram crescimento.

Segundo o economista André Macedo, o Rio Grande do Sul ainda reflete o impacto da mudança de expectativas do empresariado após os problemas climáticos enfrentados no início deste ano. Os setores mais afetados são máquinas e equipamentos e produtos químicos.

Em maio, Amazonas (24,6%), Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São Paulo (6,3%) e Minas Gerais (5,5%) alcançaram taxas de crescimento acima ou igual à da média nacional, de 5,5%. Os demais locais pesquisados – Pará (4,4%), Santa Catarina (3,5%), Espírito Santo (2,2%), Nordeste (1,9%), Rio de Janeiro (1,5%), Goiás (1,4%), Pernambuco (0,9%) e Bahia (0,4%) – registraram crescimento abaixo da média. De acordo com Macedo, o perfil dos locais que aceleraram o ritmo de crescimento neste período está relacionado a exportações ou à produção de bens de consumo duráveis.

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