Os fabricantes de chocolate estão com 16 mil vagas temporárias abertas em todo o País para a Páscoa 2011. Deste total, mais de 4 mil postos de trabalho são para o Estado de São Paulo. A expectativa de efetivação dos temporários após o fim do contrato pode chegar a 30% em algumas empresas.
“O emprego temporário pode ser encarado como porta de entrada na empresa. Lembre-se sempre que, apesar do contrato com data de validade, os melhores sempre têm grandes chances de ficar”, explica a professora da área de gestão de pessoas da Faculdade Trevisan, Elaine Andrade.
Só a Pandurata – companhia que detém as marcas Bauducco, Visconde e Hershey’s – planeja contratar em todo País cerca de 1,5 mil funcionários temporários até o final de janeiro. Mais da metade para São Paulo ou Rio de Janeiro. O número de contratações é 10% maior do que o mesmo período do ano passado.
“Atribuímos este crescimento ao desenvolvimento natural do mercado e do volume comercializado pela empresa nos últimos anos, especialmente com a entrada de novos consumidores das classes C e D, por exemplo”, afirma Rodrigo Mainieri, gerente de marketing de produtos sazonais da Pandurata.
A fábrica de chocolates Top Cau, que já contratou 680 temporários em São Paulo, ainda pretende selecionar mil funcionários no País a partir de fevereiro, dos quais 400 devem ficar no Estado. “Esse numero é maior do que o ano passado, quando recrutamos 750 pessoas no Brasil todo. O aumento é por causa da ampliação do quadro de clientes. Estamos tendo mais demanda das grandes lojas”, admite Alais Fonseca, gerente de Marketing da Top Cau.
Já o grupo CRM, detentor das marcas Kopenhagen, Brasil Cacau e DanTop, tem 350 vagas para auxiliar de produção e 50 oportunidades para as lojas próprias Kopenhagen e Brasil Cacau no período de Páscoa. “Geralmente, contratamos 20% do quadro de temporários. São as pessoas que se destacam, mostram ter perfil de vendas e se posicionam bem”, garante a gerente de recursos humanos do grupo, Magali Carvalho.
Quem se destaca, tem sua vaga garantida no grupo CRM. “Quando um funcionário vai muito bem e não temos vagas, o que pode acontecer muitas vezes, nós guardamos o currículo e chamamos durante o ano. As vezes até indicamos para as lojas franqueadas, que fazem a seleção direta”, completa Magali.