O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou nesta quarta-feira, 29, que a preocupação do setor industrial é com a continuidade da desoneração da folha de pagamento a partir de 2015. “Como as empresas precisam se planejar, essa decisão é importante”, disse após participar de reunião no Ministério da Fazenda.
Segundo ele, no segmento industrial a avaliação geral é de que a medida é bastante positiva. “Como uma medida estruturante, ela precisa ter caráter permanente”, defendeu. Ele acrescentou que a desoneração da folha teve impacto positivo sobre o nível de atividade, do emprego, dos investimentos e das exportações.
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), José Martins, que também esteve na reunião, afirmou que o setor não demitiu no ano passado por causa da desoneração da folha, apesar do setor de ônibus ter sido o que mais sofreu com a redução de tarifas.
Segundo ele, há uma expectativa de que a produção cresça este ano entre 1% e 2% em relação a 2013. “Não vai ser um ano tão bom como a gente esperava, mas não vai ser ruim”, resumiu. Ele destacou que o setor irá fornecer ao governo, por meio do Programa Caminho da Escola, 8 mil ônibus, número que é bastante significativo, já que o mercado é de 33 mil unidades.