economia

Indústria de petróleo entra em nova era de cooperação, diz secretário da Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de petróleo pretende que o acordo de cortes de produção seja o ponto de partida para uma nova era de cooperação na indústria, afirmou o secretário-geral do cartel, Mohammad Barkindo, que também minimizou os temores sobre o efeito da alta dos estoques e da produção nos Estados Unidos sobre os preços.

O dirigente, que participa de um evento internacional do setor em Londres, disse que a cooperação do grupo com não membros, como a Rússia, é bastante positiva, e que eles necessitam ampliar essa parceria para o bem estar da indústria petrolífera.

Barkindo afirmou também esperar que os cortes da Opep promovidos desde janeiro ultrapassem os 90% do total fixado no final do ano passado, cerca de 1,2 milhão de barris. O comentário ecoa aquele feito pelo ministro do Petróleo saudita, Khalid al-Falih, que disse esperar que os membros atinjam 100% do total prometido. No caso da Rússia, Barkindo afirmou que o país criou sua própria estrutura para monitorar a queda da extração.

O secretário-geral da Opep também ponderou que a forte queda dos investimentos na exploração e produção de petróleo precisa ser interrompida para evitar uma alta dos preços. Segundo estimativas da organização, a commodity ainda responderá por 26% do suprimento mundial de energia até 2040, o equivalente a 110 milhões de barris por dia.

Em relação à alta da produção do xisto nos Estados Unidos, Barkindo disse que ainda é cedo para saber se ela pode realmente ameaçar a tentativa da Opep de reequilibrar o mercado, uma vez que a produção norte-americana vem de um patamar baixo e deve ser absorvida com a alta da demanda. Por outro lado, ele também minimizou temores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, possa agir contra a importação de petróleo do cartel, afirmando que os interesses da indústria norte-americana e da Opep estão alinhados.

O dirigente afirmou também que a Opep e os demais países que integram o acordo de novembro levarão em conta os níveis dos estoques da commodity ao decidir sobre uma extensão dos cortes Fonte: Dow Jones Newswires.

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