Indústria de máquinas tem queda nas vendas

São Paulo (AE) – O faturamento bruto do setor de máquinas e equipamentos do Brasil recuou 2,5% entre janeiro e outubro deste ano, em relação a igual período do ano passado, segundo números da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Assim, as vendas recuaram de R$ 46,59 bilhões entre janeiro e outubro de 2005 para R$ 45,42 bilhões em igual período de 2006.

Para o encerramento deste ano, a Abimaq projeta um recuo de 5,2% no faturamento real, em relação a 2005, e uma queda de 2,9% em termos nominais. ?Simplesmente não há vendas no setor por causa do dólar barato. Não há compra de máquinas nacionais nem importação?, disse o presidente da associação, Newton de Mello, em entrevista à imprensa.

Ele justifica esse argumento por conta do comportamento do consumo aparente do mercado brasileiro, que deve recuar 1,8% em 2006. E, se considerado o período de janeiro a outubro, a participação das máquinas e equipamentos importados no mercado nacional ficou em 38,9% ante participação de 37% em igual período de 2005. ?Não é uma alta expressiva de participação de importados?, opinou.

Para 2007, as projeções da Abimaq indicam crescimento do faturamento real de 0,7% ante 2006 e, em termos nominais, de 4,3%, na mesma base comparativa. Para a produção de máquinas e equipamentos, espera-se crescimento de 3,4%.

Exportações

As exportações de máquinas e equipamentos brasileiros cresceram 13,7% entre janeiro e outubro deste ano, em relação a igual período do ano passado, atingindo, assim, receita de US$ 8,02 bilhões. ?Precisamos manter fatia de exportação para garantir a nossa continuidade de escala, mesmo as exportações não remunerando bem por causa do câmbio valorizado?, disse o presidente da Abimaq.

Segundo ele, as empresas brasileiras não procuram o mercado externo desde 2005 e a expansão das exportações decorre exclusivamente do fato de essas companhias atenderem compradores internacionais, mesmo sem obter margem de lucro, como forma de garantir a manutenção do cliente, dentro de uma perspectiva de longo prazo. 

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