A indústria de bens de capital vem dando sinais de estabilização desde o fim do ano passado. A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade que representa o setor, considera, porém, que ainda é prematuro falar em reação dos investimentos em máquinas e equipamentos no País.
No mês passado, o faturamento das fábricas de bens de capital mecânicos subiu 31,5% em relação a fevereiro, um forte desempenho, atribuído, contudo, à força da sazonalidade. No primeiro trimestre, as vendas do setor continuaram em terreno negativo, com queda de 7,4% e, na média mensal, as empresas estão faturando apenas metade do que faturavam quatro anos atrás.
“Temos sinais de estabilidade. As vendas estão parando de cair. Mas a maioria das empresas tem dificuldade de ajustar as despesas a esse nível de faturamento”, comentou Mario Bernardini, diretor de competitividade da Abimaq.
Ele ainda acredita num crescimento de 5% do setor neste ano, puxado pela tendência de reposição de maquinário nas fábricas a partir do terceiro trimestre, na esteira da recuperação econômica. Bernardini acredita, no entanto, que um crescimento mais consistente nos investimentos de seus clientes só deve ocorrer no ano que vem.