A indústria de máquinas e equipamentos para madeira exportou US$ 27,8 milhões em 2005, 33,75% a mais em relação a 2004. O Paraná vendeu US$ 9,9 milhões em unidades para este setor no ano passado. O Estado só perde para Santa Catarina, que exportou US$ 10,5 milhões. Para 2006, ainda não há expectativas de números, mas o segmento quer, pelo menos, manter o nível de exportações do ano passado.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, o setor de máquinas para madeira conseguiu bons negócios de exportação apesar do período de valorização do real, que prejudica o desempenho da indústria nacional. Isto aconteceu em virtude da qualidade dos produtos e da competitividade, de acordo com ele. As exportações de máquinas para madeira vêm crescendo nos últimos anos. Em 2002, o volume exportado foi de US$ 13 milhões, contra os US$ 28 milhões no ano passado.
Os Estados Unidos, Chile, Uruguai, Argentina, Venezuela, Itália, Peru, México, Paraguai e Rússia são os destinos de 50% das exportações brasileiras deste segmento. No ano passado, houve grandes avanços nas exportações para outros mercados, como Espanha (aumento de 825% em comparação a 2004), Bolívia (886%), África do Sul (1.590%), Moçambique (7.303%) e Cuba (19.995%).
A produção total do segmento de máquinas para madeira no Brasil alcançou US$ 75 milhões em 2005, sendo que US$ 28 milhões foram exportados e US$ 47 milhões ficaram no mercado interno. O País importou, no ano passado, US$ 60 milhões em unidades especificamente para o setor da madeira.
O cenário do ano passado foi positivo, mas há receio quanto ao desempenho que poderá ser atingido em 2006. No segmento de máquinas em geral, em janeiro e fevereiro deste ano, houve um decréscimo de 8,9% no faturamento geral, em comparação ao mesmo período do ano passado. Neste mesmo intervalo, o consumo de máquinas caiu 3%. ?É um sintoma preocupante. Já acendeu a luz amarela. Se não houver mudanças no rumo da política econômica, o Brasil vai terminar o ano em uma crise fortíssima?, declarou Mello. Outro indicador desse panorama é a produção nos dois primeiros meses do ano. Foram produzidos R$ 7 bilhões e 347 milhões, contra R$ 8 bilhões e 66 milhões no mesmo período de 2005.
Grandes fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor madeireiro estão reunidos em Curitiba na Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Produtos para a Extração e Industrialização da Madeira e do Móvel (Femade), que acontece no Expotrade Pinhais. Espera-se 17 mil visitantes em cinco dias de evento, que teve início ontem. Paralelamente, será realizado o II Congresso Brasileiro de Industrialização da Madeira e Produtos da Base Florestal, no mesmo local. Os participantes vão discutir inovações tecnológicas, barreiras técnicas, aproveitamento de resíduos, normalização, pesquisas e desenvolvimento.
