A indústria de fundos brasileira apresentou no primeiro trimestre a maior captação líquida da sua história, com R$ 108,6 bilhões, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante é quase três vezes maior do que o observado no mesmo intervalo de 2016.
De acordo com a entidade, os fundos de renda fixa e multimercados lideram a captação da indústria no ano. Fundos de previdência apresentam a maior captação no 1º trimestre desde o início da série histórica, em 2002. No primeiro trimestre do ano a captação líquida em renda fixa foi de R$ 74,2 bilhões e em multimercados foi de R$ 20,2 bilhões.
“Vemos um fluxo maior em fluxo de multimercados e começando para os fundos de ações, mas ainda predominantemente em renda fixa. Essa captação está bem diversificada e vem em todos os segmentos”, destaca o vice-presidente da Anbima, Carlos Ambrósio.
Em termos de rentabilidade, os fundos de small caps tiveram rentabilidade no acumulado do ano até março em 13,65%, os de ações índice ativo de 8,92% e os multimercados macro, de 5,88%.
Busca por ativos de risco
Os investidores deverão seguir com uma busca gradual por ativos de mais risco, o que já começa a se evidenciar na alocação dos fundos de investimento no primeiro trimestre deste ano. Segundo Ambrósio, esse movimento não deverá ser abrupto, mas a entrada para os fundos multimercados e os de ações devem continuar crescendo em cenário de corte de juros.
O cenário político, com um panorama das eleições presidenciais em 2018 ainda incerto, deve trazer volatilidade ao mercado. Apesar disso, a expectativa é de que o fluxo de entrada na indústria de fundos deverá continuar a crescer ao longo do ano.
A indústria de fundos brasileira apresentou no primeiro trimestre a maior captação líquida da sua história, com R$ 108,6 bilhões, segundo levantamento divulgado pela entidade. O montante é quase três vezes maior do que o observado no mesmo intervalo de 2016.
Segundo Ambrósio, existe ainda um movimento de realocação por parte dos investidores diante de um cenário de queda de juros, vindo de produtos de rendas fixa, o que deve gerar fluxo positivo aos fundos.
Compartilhamento de garantias
O novo modelo de compartilhamento de garantias que deverá ser apresentado nesta semana pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá multiplicar a capacidade de apoio da instituição de fomento aos empreendimentos, disse o diretor da Anbima, José Eduardo Laloni.
Segundo o executivo, a entidade teve contatos constantes com o BNDES para contribuir com o assunto. “O importante é que o mercado de capitais junto com o BNDES passarão a ser atores em conjunto”, destacou.
Na semana passada, a presidente do BNDES, Maria Silvia Marques, disse que a mudança deverá conceder um tratamento mais equitativo no compartilhamento.