Indústria da madeira em busca de novos mercados

A indústria brasileira de base florestal – móveis, madeira, papel e celulose – está buscando crescimento através do mercado externo. O setor, representado por trinta mil empresas que geram 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos, movimenta 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, faturando o equivalente de US$ 21 bilhões anuais. No ano passado, o Brasil exportou nesta área US$ 4,2 bilhões, o que representa 7,3% de todas as exportações brasileiras. A meta é atingir, até 2010, US$ 11 bilhões em exportações.

Para conquistar esse objetivo e projetar o produto nacional no mercado externo, o setor de base florestal está investindo na participação de feiras internacionais. O principal evento do segmento é a LIGNAplus, que acontece a cada dois anos em Hannover, na Alemanha. Ontem, o presidente da Deutsche Messe AG, Stephan Kühne, e o diretor da Associação Alemã dos Fabricantes de Máquinas para Madeira, Werner Neubauer estiveram em Curitiba apresentando o programa da feira, que tem nova edição de 26 a 30 de maio de 2003.

A LIGNAplus irá contar com 1.700 expositores de 36 diferentes países. O evento reúne expositores e visitantes dos segmentos de reflorestamento, máquinas e aplicações técnicas para madeira, móveis e tecnologias para serrarias. Além disso, a feira é uma mostra das principais tendências internacionais em maquinários, sistemas, logística, reciclagem, entre outros.

Mercado interno

A ampliação de mercados dentro do País também é uma das metas da ABPM. Para isso, pretendem investir em encontros setoriais para desenvolver cada vez mais o setor. “Nossa idéia é até criar um selo de qualidade para promover ainda mais nossos produtos”, disse Roque Zatti, garantindo que a agregação de valores e investimento em mão-de-obra deve ser uma alternativa para a valorização.

A entidade pretende ainda incentivar a criação de cooperativas nas regiões para fomentar os pequenos produtores a se manter no segmento. Assim como, repassar informações para esse público sobre o melhor aproveitamento do material. “Hoje 45% da madeira é desperdiçada na transformação”, afirma Zatti. A implementação de áreas de reflorestamento também serão incentivadas pela ABPM. Zatti adiantou que esse já existem linhas de financiamento, tanto do Governo Federal como a BNDES, para fomentar as áreas plantadas no Brasil.

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