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Média nacional foi de 4,4%, abaixo
da registrada em janeiro.

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A produção industrial cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho, no entanto, começa a perder fôlego. Em janeiro, 13 das 14 regiões haviam apresentado expansão, e o crescimento da indústria brasileira havia sido de 6%. Em fevereiro, além do número de regiões com crescimento ter caído – de 13 para 11 – também a expansão foi menor, de 4,4%.

No Paraná, a produção industrial cresceu 2% na comparação com fevereiro do ano passado – abaixo da média nacional, que foi 4,4%. No ano, o acumulado é de 6,4% e, nos últimos 12 meses, crescimento de 9,9%. Em fevereiro, a indústria paranaense mostrou menor ritmo que nos meses anteriores, com oito dos 14 segmentos pesquisados registrando taxas positivas. Dentre estes, os que mais influenciaram a taxa global foram: veículos automotores (36,9%) e celulose e papel (9,1%). Pressionando negativamente, sobressaíram-se refino de petróleo e produção de álcool (-21,5%) e outros produtos químicos (-23,2%).

No acumulado do ano (janeiro e fevereiro), nove segmentos elevaram a produção, com destaque para veículos automotores (36,2%), edição e impressão (67,5%) e máquinas e equipamentos (10,2%), como os de maior influência na determinação da taxa geral. Na outra ponta, entre os cinco segmentos que apresentaram queda na produção, dois tiveram impactos negativos mais expressivos: outros produtos químicos (-35,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-10,6%).

Dados nacionais

Em fevereiro, três dos locais pesquisados pelo IBGE apresentaram retração: Rio de Janeiro (-3,4%), Espírito Santo (-0,1%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). O desempenho do Rio foi afetado pela paralisação para férias de informantes da indústria farmacêutica. A defasagem de informações levou a uma queda de 44,4%. As atividades de metalurgia básica e edição e impressão também ajudaram a puxar o resultado para baixo. No Espírito Santo, o fraco desempenho das atividades de metalurgia básica e de papel e celulose justificam o desempenho da indústria capixaba.

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A estiagem já começou a afetar a produção de máquinas e equipamentos (-10,5%) no Rio Grande do Sul, principalmente a de máquinas para colheita. Segundo o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, a produção foi influenciada pela perspectiva de uma safra menor este ano. Além disso, a queda de 15,2% no refino de petróleo e produção de álcool também contribuiu para que o Rio Grande do Sul fosse a única região pesquisada a acumular desempenho negativo (-1,6%) no bimestre.

A atividade de refino de petróleo e produção de álcool também influenciou negativamente a produção do Amazonas e da região Nordeste. Segundo Macedo, a queda é motivada por paradas programadas de plataformas da Petrobras.

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Segundo o IBGE, os três locais (Pernambuco, Minas Gerais e Amazonas) que intensificaram o ritmo de expansão no primeiro bimestre em relação ao último trimestre de 2004 tiveram seu desempenho puxado por atividades relacionadas à produção de bens de consumo. Para o IBGE, este é um sinal de que a expansão da produção este ano deverá ser baseada em atividades voltadas prioritariamente para o mercado interno.