A produção industrial na zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) cresceu 1,0% em novembro ante outubro, informou hoje a agência de estatísticas Eurostat. O resultado reflete um aumento de produção em todos os setores, com exceção do setor de energia. Na comparação com novembro do ano passado, houve declínio de 7,1%.
Os números ficaram acima das expectativas dos analistas, que esperavam um aumento mensal de 0,5% e uma queda de 8,5% na comparação anual. Com este resultado, a produção industrial completou 19 meses seguidos de declínio em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas o ritmo de novembro foi o menor em 13 meses.
A Eurostat também revisou sua estimativa para o dado de outubro, para uma queda de 0,3% ante setembro e um declínio de 10,9% na comparação anual. A estimativa anterior para outubro era de um declínio de 0,6% ao mês e uma queda de 11,1% ao ano. A melhora dos dados acompanham os progressos em outros indicadores, tais como atividade industrial dos gerentes de compras, que vem mostrando ganhos constantes ao longo dos últimos meses.
No entanto, o fato de a produção continuar negativa na comparação anual reforça o lento ritmo de recuperação que a zona do euro está experimentando. Este é um dos grandes motivos por trás das expectativas unânimes dos economistas para que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha a taxa de juro e as medidas adicionais de suporte à economia inalterados hoje. O anúncio da decisão é esperado para esta manhã.
As três maiores economias na zona do euro registraram ganhos mensais na produção industrial em novembro. A Itália liderou com um crescimento de 1,2%, seguida por uma alta de 0,7% na Alemanha e um aumento de 0,2% na França. Nos 27 países da União Europeia (11 países que não adotam o euro como moeda e 16 que compõem a zona do euro), a produção industrial cresceu 0,9% em relação a outubro e caiu 6,4% em relação a novembro de 2008, segundo a Eurostat. As informações são da Dow Jones.