Em meio a mais um ano de crise na produção, a indústria manteve as dispensas de empregados no País. A atividade cortou 955 mil trabalhadores no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de ocupados na indústria recuou 7,7% no trimestre encerrado em dezembro de 2016 ante o mesmo período do ano anterior.

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Já a construção extinguiu 857 mil postos de trabalho em dezembro ante um ano antes, queda de 10,8% na ocupação no setor. “Os grupamentos mais afetados pela crise foram indústria e construção”, apontou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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O comércio, que costuma contratar funcionários temporários no fim do ano, dispensou 75 mil empregados no trimestre encerrado em dezembro ante o mesmo período do ano anterior, queda de 0,4% na ocupação no setor.

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Outras atividades com corte de vagas foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-417 mil empregados, recuo de 4,5% no total de ocupados), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-110 mil vagas, queda de 0,7%) e serviços domésticos (-238 mil empregados, redução de 3,7% no total de ocupados).

O setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas – que inclui alguns serviços prestados à indústria – registrou um avanço 174 mil vagas em um ano, 1,8% de ocupados a mais.

Também houve aumento em dezembro no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+247 mil empregados), outros serviços (+165 mil pessoas) e transporte, armazenagem e correio (+99 mil ocupados).