Em meio ao aquecimento da economia e depois de o Banco Central anunciar que pode até voltar a aumentar o juro básico devido às pressões inflacionárias, a indústria de eletroeletrônicos anuncia reajustes de preços de até 8%.
A Philco anunciou ontem um aumento de preços entre 5% e 8% em seus produtos. A Semp-Toshiba também informou que seus preços serão aumentados entre 6% e 8% a partir de domingo. Em nota, a Philco informou que o aumento é resultado do encarecimento das matérias-primas e do corte do crédito do PIS/Cofins nas compras de componentes.
Para a empresa, o veto ao artigo que mantinha o direito ao crédito dos impostos na compra de insumos onera os custos e altera a competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus.
Segundo as companhias do setor, a alteração vai fazer com que a compra de componentes nacionais fique 9,25% mais cara para as indústrias instaladas em Manaus, que não podem mais abater os impostos ao longo da cadeia produtiva.
O veto presidencial a uma alteração no Artigo 5.º da Lei 10.637/2002 atendeu às pressões da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que tenta frear a migração de empresas de componentes para Manaus.
As indústrias da Zona Franca estão, agora, se mobilizando em outra entidade do setor, a Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros), na tentativa de sensibilizar o governo.
