Enquanto a indústria vê seus empresários cada vez mais inseguros, os comerciantes se mantêm otimistas com seus negócios. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) na capital paulista, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), subiu 0,03% de julho para agosto deste ano, atingindo os 124,3 pontos. A escala do ICEC vai de 0 a 200 pontos, sendo que o otimismo é caracterizado acima dos 100 pontos.

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“Ainda que esteja cada dia mais evidente a desaceleração da economia no Brasil, a confiança do empresário do varejo em São Paulo permaneceu estável entre julho e agosto, e ainda apresenta patamares de otimismo moderado”, afirma a Fecomercio-SP, em relatório. No entanto, segundo os dados divulgados hoje pela entidade, a percepção da situação presente do comerciante, medida pelo Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), caiu 1,6% em agosto ante julho e fechou o mês passado em 107,4 pontos.

O otimismo do comerciante aparece nas suas perspectivas para o futuro. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) apresentou alta de 0,8% (156 pontos) e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) teve elevação em agosto de 0,6% (109,5 pontos). “Para os próximos meses o indicador deve flutuar pouco, até porque se de um lado a economia de modo geral mostra sinais de desaquecimento (principalmente a indústria), de outro as vendas no varejo continuam aquecidas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e isso se reflete nas respostas de empresários do setor”, informa o documento.

Emprego

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Mais de dois terços dos empresários comerciais pretendiam ampliar o quadro de funcionário em agosto: 64,22% afirmaram que a expectativa era de aumentar “um pouco” o total de empregados no negócio enquanto 9,22% pretendiam elevar em “muito” as contratações. A pesquisa mostra que 22,05% dos empresários do setor tinham a expectativa de reduzir “um pouco” o quadro de funcionário e 4,52% pretendiam fazer um corte maior.