A inflação no mês de novembro em Curitiba foi de 0,48%, segundo divulgou ontem o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O índice ficou dentro das expectativas geradas pelas prévias do mês, que mostraram variações de 0,63% na primeira e segunda quadrissemanas e 0,49% na terceira quadrissemana.
A taxa, válida para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos, foi ainda inferior a do mês de outubro, estimada em 0,60%. De acordo com a pesquisa, o acumulado do ano está em 9,54% e nos últimos 12 meses (dezembro/03 a novembro/04) em 9,49%.
Assim como no mês anterior, o grupo Transporte e Comunicação exerceu a maior influência sobre o IPC, apresentando aumento de 1,24% nos preços de seus produtos. Em outubro, o grupo havia variado 2,13%.
Em novembro, o aumento nos preços do grupo deu-se, principalmente, pelas influências dos itens: álcool combustível (11,93%); automóvel de passeio e utilitário usado (1,19%); conserto de veículos (3,01%); gasolina (1,22%) e serviços de telefonia residencial (1,12%). De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, o item álcool combustível foi o de maior contribuição dentre todos os pesquisados pelo IPC.
A diretora lembra que o reajuste nos preços dos combustíveis, anunciado no último dia 25, influenciou muito pouco no IPC de novembro, mas que deve refletir de forma mais acentuada a partir de dezembro.
Ainda no grupo Transporte e Comunicação, destacam-se os itens seguro voluntário de veículo e acessórios para veículos, que apresentaram quedas de -4,42% e -6,11% em seus preços, respectivamente.
O grupo Alimentos e Bebidas, que nas três quadrissemanas de novembro vinha apresentando queda nos preços de seus produtos, acabou fechando novembro com uma pequena alta de 0,10%, devido, principalmente, ao aumento de 5,45% no preço do frango inteiro resfriado e de 0,56% no de refeição almoço e jantar. Com queda, os itens leite pasteurizado, tomate, cebola e pêssego, apresentaram os seguintes índices: -2,02%; -12,99%; -27,11% e -37,92%, respectivamente, sendo que o leite pasteurizado foi o de maior influência negativa em todo o índice de preços.
Habitação também teve alta, variando 0,46%. Entre os itens que contribuíram com aumento destacam-se: condomínio (1,47%) e aluguel de moradia (0,44%).
O grupo Artigos de Residência apresentou aumento de 1,20% em seus preços, devido à alta de 10,81% nos preços de móveis para copa e cozinha.
Já o grupo Vestuário, que chegou a apresentar alta de 1,12% na terceira quadrissemana do mês, fechou novembro com índice igual a 0,93%, influenciado pelos itens: calça comprida masculina (4,48%) e tecidos (-8,12%).
Despesas Pessoais, que na primeira quadrissemana do mês chegou a apresentar alta de 0,76% e na terceira quadrissemana ficou em -0,27%, fechou novembro em 0,10%, influenciado por: casas noturnas (5,66%); brinquedos e jogos (-4,92%); disco laser CD (-3,77%); empregada doméstica (1,08%) e ingressos para futebol (-7,68%).
O único grupo com variação negativa foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, que teve índice de -0,72%. Para este resultado contribuíram, principalmente, medicamentos (0,75%) e plano de saúde (1,27%), além do item perfume (-3,78%).