O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, apresentou melhora de 0,1 ponto porcentual (p.p.) no segundo trimestre frente ao primeiro, encerrando junho a 3,0%. Em um ano, o desempenho do indicador foi na direção oposta, com piora de 0,2 p.p. Neste caso, quanto menor, melhor.
A melhora dos calotes no Santander no segundo trimestre do ano foi possível com a ajuda das empresas, cujo índice de inadimplência acima de 90 dias melhorou 0,1 p.p. Na pessoa física, o indicador ficou estável no período. “Os indicadores de qualidade da carteira se mantêm sob controle em função da assertividade de nossos modelos e a nossa eficaz gestão de risco”, justifica o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
No comparativo anual, conforme explica o banco, o aumento da inadimplência ocorre, principalmente, por conta do crescimento da carteira de crédito do varejo, em linha com sua estratégia.
O índice de inadimplência do Santander no curto prazo, ou seja, que compreende atrasos entre 15 e 90 dias, teve piora de 0,1 p.p. no segundo trimestre ante o primeiro, para 4,2%. Tanto o segmento de pessoa física como o de jurídica apresentaram indicadores mais elevados no período.
O custo de crédito do Santander alcançou 3,1% no primeiro semestre de 2019, redução de 0,2 p.p. em 12 meses. Em três meses, o indicador aumentou 0,2 p.p. Na comparação com o mesmo período do ano passado, ficou estável.
Já o índice de cobertura do Santander alcançou 191% em junho de 2019, queda de 28,2 p.p. em 12 meses e 4,2 p.p. em três meses.
Provisões
A despesa com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Santander foram a R$ 3,416 bilhões no segundo trimestre, aumento de 12,3% ante o primeiro. Ante um ano, subiram 7,39%. Já as receitas de recuperação de créditos baixados a prejuízo cresceram 32,4% no período. Por fim, o resultado de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 2,826 bilhões, com alta de 8,8% no segundo contra o primeiro trimestre.
O saldo de PDDs do Santander era de R$ 18,491 bilhões no segundo trimestre, 2,2% maior ante um ano. Em relação ao trimestre anterior, porém, diminuiu 1,1%.