São Paulo (AE) – O índice de cheques devolvidos por falta de fundos no Brasil diminuiu em outubro, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Serasa. Na comparação com o mesmo período de 2005, houve recuo de 6,6%. Em relação a setembro de 2006, o estudo da companhia de análise de crédito constatou queda de 2,6%.
Em outubro deste ano foram compensados 145 milhões de cheques em todo o país, sendo que 2,7 milhões voltaram por falta de fundos, o que correspondeu a um índice de 18,4 cheques devolvidos a cada mil compensados. Em outubro de 2005, quando foram compensadas 157,8 milhões de folhas e devolvidos 3,1 milhões de cheques no Brasil, o índice foi de 19,7 cheques a cada mil. Em setembro deste ano, quando foram devolvidos 2,5 milhões de cheques de um total de 132,5 milhões compensados, o indicador atingiu 18,9 cheques a cada mil.
Na avaliação da Serasa, o movimento de queda retrata o crescimento da renda disponível do consumidor, sustentado pela expansão do emprego, pelos reajustes salariais com ganho real e pela utilização do crédito consignado para pagamento de dívidas.
Acumulado
Nos dez primeiros meses de 2006, o estudo da Serasa apurou movimento oposto. Segundo a companhia de análise de crédito, houve aumento de 12,9% no índice de cheques devolvidos sobre o acumulado do mesmo período de 2005.
De janeiro a outubro de 2006, foi compensado um total de 1,4 bilhão de cheques, sendo que 30,1 milhões voltaram por falta de fundos, o que correspondeu a um índice de 21,0 cheques devolvidos a cada mil. No mesmo período do ano passado, foram devolvidos 30,2 milhões de cheques de um total de 1,6 bilhão de compensados, o que resultou em um indicador de 18,6 cheques a cada mil.
Regiões
No levantamento entre as regiões brasileiras, a pesquisa da Serasa constatou que o sudeste, com 16,4 cheques a cada mil compensados, voltou a apresentar o menor índice de cheques devolvidos. O maior indicador, de 37,9 a cada mil, foi verificado na região norte, que foi seguida pelo nordeste, com 24,7; centro-oeste, com 23,0; e sul, com 17,7 a cada mil.
Entre os estados, Pernambuco apresentou o menor índice (14,7), seguido por São Paulo (15,5), Santa Catarina (16,3), Minas Gerais (16,9) e Rio Grande do Sul (17,8). No outro lado da tabela, o Estado de Roraima liderou o ranking com 82,8 cheques a cada mil compensados, seguido por Amapá (73,0) e Tocantins (49 9). Rio de Janeiro e Distrito Federal ficaram na zona intermediária do ranking, com índices de 19,4 e de 23,7, respectivamente.