A incerteza em relação ao Brasil manteve a tendência ascendente no terceiro trimestre de 2015 e atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 1997. O Índice Brasil Plural de Incerteza encerrou o terceiro trimestre com avanço de 0,3% em relação aos três meses anteriores, ultrapassando a marca atingida logo após a eleição do ex-presidente Lula, em 2003.
Entre julho e setembro, a maioria dos componentes do índice apresentou recuo. No entanto, a desvalorização do real e o aumento da inflação puxaram a piora do indicador.
O banco destaca ainda que, no período analisado, o cenário fiscal brasileiro teve piora, em meio à redução das metas de superávit primário, a proposta de um orçamento deficitário para 2016 e a perda do grau de investimento pela Standard & Poor’s.
“Além disso, o País continua a enfrentar um cenário político difícil, com o governo incapaz de melhorar a sua problemática relação com o Congresso. O processo de impeachment ganhou impulso e, agora, é uma outra realidade que o governo tem de enfrentar”, acrescenta o relatório.
No texto, o Brasil Plural defende ainda que o aumento contínuo no índice de incerteza reforça um cenário de queda acentuada do investimento este ano e em 2016.