O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil caiu 1% entre maio e junho, para 106,5 pontos, divulgaram nesta terça-feira, 18, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e o Conference Board.
Por outro lado, o indicador Coincidente Composto da Economia (Icce) que mensura as condições econômicas atuais, subiu 0,7% no mesmo período, para 98,9 pontos, e indica reversão da recessão iniciada no segundo trimestre de 2014. “O resultado positivo do Icce em junho coloca a variação de seis meses anualizado do indicador acima de 2% pelo terceiro mês consecutivo”, diz Paulo Picchetti, coordenador da FGV.
Mas o declínio do Iace no mês mostra que a retomada é frágil, principalmente no momento atual, com a deterioração da confiança da situação econômica no futuro em função das incertezas políticas, avalia Picchetti. “A queda do IACE indica a fragilidade potencial desta retomada, em um contexto onde os componentes de expectativas do indicador deterioraram-se em função das incertezas com relação aos efeitos da crise política sobre o desempenho econômico”, afirma Picchetti.
Dentre os componentes do indicador, cinco contribuíram para queda em junho, como os de expectativas no setor de Serviços (-5,7%), da Indústria (-3,8%) e do Consumidor (-3,1%). O índice de Termos de Troca (-1%) e o índice de produção física de bens de consumo duráveis (-0,6%) também influenciaram a retração do IACE no mês.
O Indicador Antecedente Composto da Economia agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no Brasil. Segundo as instituições, a agregação dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados “ruídos”, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja encontrada.