O Índice de Preços Ceagesp subiu 3,39% em agosto, acumulando alta de 1,32% neste ano e elevação de 1,59% nos últimos 12 meses. Trata-se do primeiro avanço desde abril, quando o indicador teve ganho de 0,50%. Puxaram o índice para cima os segmentos de frutas, legumes e pescados.
“O frio mais rigoroso em conjunto com as geadas ocorridas nas regiões Sudeste e, principalmente, Sul do País prejudicaram a produção e acarretaram em diminuição do volume ofertado de algumas culturas”, explica a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, em comunicado. “Alguns atacadistas/distribuidores do Sul passaram a realizar parte das compras no entreposto Ceagesp da capital (paulista), elevando a quantidade demandada e os preços praticados.”
Em agosto, o setor de frutas subiu 4,51%. Limão taiti (76,1%), figo (53,6%), goiaba (22,7%) e laranja lima (19,5%) responderam pelas principais altas. Melão (-19,3%), ameixa estrangeira (-17%) e manga Palmer (-11,6%) figuraram entre as principais quedas.
O segmento de legumes registrou elevação de 5,59% no mês passado. As principais altas foram as de pimentão vermelho (111,5%), pimentão amarelo (124,3%), mandioquinha (26,8%), quiabo (24,4%) e abobrinha italiana (17,1%). Já as principais quedas foram as de chuchu (-11,5%) e beterraba (-9,6%).
Quanto ao setor de pescados, a alta foi de 1,37%, puxada principalmente por namorado (18%) e atum (10%). Salmão (-11,4%), abrotea (-8,1%) e anchovas (-7,3%) registraram as principais quedas.
Já o setor de verduras recuou 2,25%. As principais baixas foram da escarola (-23,3%), do coentro (-19,2%), da alface crespa (-17,3%), da alface lisa (-15,4%), do repolho roxo (-12%) e da alface americana (-10,95). Principais altas: cebolinha (21,6%), salsa (20,95) e agrião (6,1%). No setor de diversos o recuo foi de 1,37%, com o milho pipoca (-22,2%) liderando a baixa, seguido pela batata lisa (-12,9%) e pela batata comum (-6,95). O alho (12,9%) teve a principal alta.
Para o restante do ano, a Ceagesp traça um quadro um pouco mais favorável para a oferta de produtos. “O frio deverá ser menos rigoroso neste final de inverno. Assim, com a chegada da primavera, as perspectivas são positivas para a oferta de todos os setores.” Além disso, a demanda não sofre grandes alterações neste período, intensificando-se somente a partir de novembro, afirma a companhia. “A tendência para o próximo trimestre é de elevação do volume ofertado e redução dos preços praticados, notadamente nos setores de legumes, verduras e diversos.”
O Índice de Preços Ceagesp acompanha a evolução das cotações de 150 itens no atacado, selecionados pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade.