O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 1,3 ponto na passagem de novembro para dezembro, alcançando 113,0 pontos, informou nesta sexta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos).
“Confirmando a tendência mencionada nos meses anteriores, o indicador mantém-se em nível elevado. A expectativa é de que a incerteza permaneça alta até que se tenha maior clareza quanto as medidas a serem tomadas pelo novo governo no que concerne, principalmente, aos ajustes fiscais. No front externo, a desvalorização da bolsa de Nova Iorque e briga do Trump com o Fed (o banco central americano), contribuíram para o aumento da incerteza interna”, avaliou a pesquisadora Raíra Marotta, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Em dezembro, o componente Mídia subiu 2,3 pontos, contribuindo com 2,0 pontos para o índice global do mês. Já o componente Expectativa recuou 3,1 pontos, contribuindo com -0,7 ponto para o indicador final.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada pela FGV entre o dia 26 do mês anterior ao dia 24 do mês de referência.