Indicador de Desemprego da FGV avança 0,3% em junho

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 0,3% em junho em relação ao mês anterior, para 66,8 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Em maio, o índice já havia subido 0,8% e em abril mostrou alta de 2,8%, na mesma base de comparação.

“Esse é o terceiro mês consecutivo de alta do indicador, revertendo a tendência de queda que vinha sendo observada em médias móveis trimestrais”, destacou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial. O resultado sinaliza para um menor otimismo entre as famílias no que se refere ao emprego.

A FGV ressaltou que as classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em maio foram a dos consumidores com renda familiar acima de R$ 9.600,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) subiu 4,9%; e a dos que possuem renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, com variação de 1,8%.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. (Idiana Tomazelli – idiana.tomazelli@estadao.com)

Antecedente de emprego

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 4,5% em junho ante maio, nos dados com ajuste sazonal, para 75,7 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (73,0 pontos). O índice já havia recuado 4,5% em maio e cedido 3,2% em abril. “O resultado sinaliza intensificação da tendência de desaceleração do ritmo de contratações para os próximos meses”, informou o Ibre.

Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o indicador da Sondagem do Consumidor que mede a perspectiva das famílias em encontrar emprego futuramente na própria região, que recuou 13,1%, e indicador de grau do otimismo dos empresários em relação à tendência dos negócios nos seis meses seguintes, da Sondagem da Indústria, que caiu 6,5%.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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