O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ficou em 106 pontos em maio ante os 104 pontos registrados em abril. O resultado está dentro da margem de erro, que é de três pontos, e mostra que a confiança do consumidor brasileiro segue em níveis historicamente baixos. Em maio do ano passado, o indicador estava em 137 pontos. O indicador varia entre 0 e 200 pontos – e a linha 100 é a divisão entre otimismo e pessimismo.

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O resultado de abril, que pela margem de erro foi repetido em maio, representa um recorde histórico e o pior número desde que a pesquisa começou, em abril de 2005.

A boa notícia verificada na pesquisa de maio, de acordo com a entidade, foi o fato de a classe DE tornar-se a mais otimista, ocupando o espaço que era da classe C. “A classe DE pode estar mais propensa a comprar. Portanto, o comércio pode atrair esse consumidor, oferecendo um mix de produtos básicos com os menores preços possíveis”, afirmou o presidente da ACSP, Alencar Burti, em nota.

Segundo os dados de maio, na classe DE a confiança foi para 116 pontos ante os 107 pontos verificados em abril. Já a confiança da classe C ficou praticamente estável em 108 pontos em maio, um ponto a menos do que o registrado em abril.

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Por outro lado, a classe AB permaneceu no campo pessimista, atingindo novo recorde de baixa, com 84 pontos em maio ante os 86 pontos verificados em abril. “Isso pode fazer com que produtos de maior valor fiquem encalhados nas lojas”, afirma Burti.

Emprego

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O indicador de confiança mostra ainda aumento do temor dos entrevistados em relação à manutenção dos empregos. Enquanto em abril 36% dos entrevistados mostravam-se inseguros quanto ao emprego, em maio esse porcentual subiu para 41%.

Além disso, a situação financeira pessoal atual foi apontada como ruim para 40% dos entrevistados em maio e boa para 35%. Em abril, eram 38% e 35%, respectivamente.

Em termos de expectativa para o futuro também piorou a avaliação dos entrevistados na passagem de abril para maio. Agora o cenário para os próximos seis meses ficará pior para 32% dos brasileiros. Em abril, 28% dos entrevistados previam um quadro ruim no cenário de médio prazo.